Diabetes aumenta risco de candidíase, comprovam os estudos

Estudo indiano aponta maior prevalência do fungo causador da candidíase em pessoas com diabetes, sobretudo quando descontrolada. Publicado em 2019, a pesquisa observou 80 pessoas divididas em três grupos: sem diabetes, com diabetes sob controle e com diabetes descontrolada. A partir desses dados, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) reitera seu alerta para a importância da prevenção e cuidado do diabetes para melhor saúde ginecológica e bem-estar da mulher. Segundo o estudo, pessoas com diabetes apresentaram maior densidade do fungo Candida – causador da candidíase em comparação a pessoas sem diabetes.

Publicado na US National Library of Medicine, o estudo coletou amostras salivares dos três grupos de pacientes a fim de identificar a presença, densidade e espécie do fungo Candida.

A prevalência de Candida foi observada em 90% dos pacientes com diabetes descontrolada, em 63,3% das pessoas com diabetes controlada e em 20% das pessoas sem diabetes. A densidade fúngica mostrou-se maior nas pessoas com dificuldade no controle glicêmico. Como esperado pelos pesquisadores, a Candida albicans mostrou-se frequente nas amostras. Outro tipo encontrado com maior incidência foi a Candida tropicalis.

O ginecologista Dr. Gustavo Maciel, membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina da Febrasgo, explica que “elevações da glicemia, em decorrência do diabetes, afetam muito a imunidade da paciente, aumentando o risco de desenvolvimento, agravamento e frequência de casos de candidíase”.

Veiculado em 26 de novembro de 2020 às 10:17